Lostiando

Toda jornada tem seu fim. Não seria diferente com a aclamada pelo público e crítica: LOST. Foi no ano de 2004 que mergulhamos de cabeça nessa história intrincada e fascinante.
Inicialmente conduzida pelo gênio J.J. Abrams e depois muitíssima bem, diga-se de passagem, pelos não menos geniais Damon Lindelof e Carlton Cuse, Lost se mostrou um fenômeno de audiência.
Cinco temporadas se passaram e a série vai caminhando para seu ato final.

Mas o que podemos avaliar sobre o que vimos até aqui?

É interessante notar que quando assistimos a série novamente, tendo a visão geral da história, alguns elementos se tornam mais claros. Exemplo: quando vemos a morte de Boone pela segunda vez, percebemos que além de ser um sacrifício exigido pela ilha para testar a fé de Locke em tudo aquilo que está acontecendo, é também uma forma de 'ocupar' Jack naquele momento em que Claire está dando a luz ao pequeno Aron, forçando Kate a fazer o parto, criando assim um forte vínculo entre Kate, a meia irmã de Jack e o garoto.
“Hãã... não é que eles (produtores) realmente sabiam pra onde estavam indo!” é o que fica em nossas mentes e eu lhes digo: Sim, eles sempre souberam.

Criar um forte vínculo público/personagem foi o principal acerto de J.J , Damon e Cuse, pois assim ficamos alí, loucos pra saber o que iria acontecer com cada um daqueles tão diferentes e fragilizados seres.
Mas não tivemos somente acertos na série: Nikki e Paulo, por exemplo, foram rejeitados pelos fãs.Entraram fora de time na trama, a história não rendeu, (é...não vingou, sorry). A Dharma é outra, que se mostrou uma organização não tão interessante quanto poderia ser: bando de caipiras andando de kombi pra lá e pra cá sem um claro propósito...era tão instigante, tinha potencial para se tornar uma baita subtrama...pena.
Tanto os flashbacks quanto posteriormente os flashfowards, foram ótimas formas encontradas para se contar a história. Quem não se lembra do primeiro flashfoward no final da 3ª Temporada? "We have to go back!" Clássico!
O tema viagem no tempo foi explorado na série mais recentemente, causando divergência de opiniões. Porém pra sorte dos produtores a aceitação dos fãs foi maior que a reprovação (eu já cogitava essa idéia e achei que foi muito bem apresentada e conduzida nessa 5ª Temporada).

Por falar em erros e acertos, é curioso notar que o melhor (The Constant) e o pior (Stranger in a Strange Land) episódios de Lost, são capítulos extremamente diferentes da narrativa adotada nos demais episódios da serie. Ou seja: quando eles fazem 'diferente' ou acertam brilhantemente, ou erram a mão feio.

Hoje posso falar que, pelo menos até aqui, minha season favorita é a segunda (e olha que para um lostmaníaco essa escolha é complicada). Aquela dinâmica na Cisne soube render ótimas histórias.Além disso, mais mistérios foram incorporados a trama, a Dharma era algo ainda obscuro, enfim: temporada redondinha.Apesar de nutrir um carinho muito especial também pela primeira ;)

Agora é só esperar dia 2 e que a tão aguardada final season seja a melhor temporada da serie que já é um dos marcos na tv e do mundo do entretenimento. Que Jacob esteja conosco!

Você está pronto?!